segunda-feira, 21 de maio de 2012

neuvralgia do trigêmio

sábado, 16 de janeiro de 2010

Só quem tem, sabe...




Cada um que chega ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, chega com uma história de dor. A princípio, é uma dor na face que insiste resistir a todos os tipos de analgésicos disponíveis no mercado. O medo, a angústia, a ansiedade pela definição e diagnóstico aperta, sem piedade, o coração daqueles, que na longa caminhada, esperam por uma resposta.

Logo em seguida, inicia-se um processo de espera por uma definição e então o esperado resultado se confirma: o que não significa um alívio, mas a certeza de que a cura ainda é uma busca dos profissionais de saúde e a confirmação de uma trajetória complicada desses peregrinos. É a certeza de que não poderão se beneficiar da vida atribulada de um ser humano normal. É a certeza de que a dor será uma companheira fiel.

É assim que podemos definir o que sentem os portadores da nevralgia do nervo trigêmeo. Cada um que passou pelas portas do Ambulatório da Dor no Hospital das Clínicas em São Paulo, sem saber direito por onde começar, com certeza passou por vários profissionais, que por uma questão de desconhecimento da doença não conseguiram aliviar a dor de seu paciente.

Muitas vezes, pela insistência da dor, imaginou-se ser um problema psicológico, de ordem emocional ou talvez nervosa, pois que dor pode resistir a tantas terapias sem ao menos ceder e aliviar.

Que culpa tem esses profissionais de não conseguirem o diagnóstico correto. Se nem ao menos tiveram contato na sua formação acadêmica, ou no estágio, na residência, ou até mesmo no doutorado e no mestrado, enfim em toda sua carreira profissional. Julgá-los nesse momento não é o mais importante.
O mais importante é trazer a informação e distribuí-la por todos os canais de comunicação e assim tornar público para que esses mesmos profissionais possam ajudar de forma concreta seus pacientes portadores da nevralgia do nervo trigêmeo.

O objetivo maior da Associação Brasileira dos Portadores de Nevralgia do Nervo Trigêmeo é trazer informação sobre essa doença para o público técnico e leigo, buscar mais recursos privados e públicos para pesquisa de suas causas, conseqüências e tratamentos.

A Doença



A Neuralgia Trigeminal uma doença crônica da face, que afeta o nervo trigêmeo, o maior dos 12 pares dos nervos cranianos.
Os ataques dolorosos podem envolver um ou mais ramos, porém o mais comum é atingir o ramo médio e ou o inferior. E raramente são acometidos os três ramos. A incidência maior da doença ocorre no lado direito da face, podendo, também ocorrer de forma bilateral, porem em momentos diferentes e normalmente em crises separadas.
A Neuralgia do Nervo trigêmeo não é fatal e seus sintomas são dor facial em episódios curtos que aparecem e desaparecem rapidamente ou dor em choque aterrorizante causando grande sofrimento para o paciente.


O Início



A maioria dos pacientes é afetada pela Neuralgia nos ramos inferior e ou médio, causando dores nos dentes e gengivas.
Essa dor pode ser continua ou somente um aumento da sensibilidade da gengiva ao calor e ao frio, antes de aparecer a dor propriamente dita. Inicialmente o paciente busca ajuda profissional entre os rofissionais da odontologia. Essa fase inicial dificulta a esse profissional o diagnóstico correto. A Neuralgia pode parecer dor de dente, mas não é causada por problemas dentários.
Em seguida, o paciente, por não conseguir melhoras, inicia um longo processo antes do diagnóstico correto... Passa por dentistas, cirurgiões, otorrinolaringologistas entre outros. Inicia vários tratamentos e até mesmo cirurgias dentárias, enquanto a dor fica cada vez pior e mais latente.


O Diagnóstico



A Neuralgia Trigeminal típica tem sintomas específicos que a diferenciam das outras dores faciais. A dor é de curta duração, geralmente intensa e raramente contínua, parece um choque elétrico. A dor é geralmente desencadeada com um leve toque ou vibração na face como escovar os dentes, se maquiar, fazer a barba, tomar vento no rosto, um beijo suave, falar e até mesmo comer. A dor alterna períodos de piora e melhora que podem durar semanas ou meses com ou sem dor. Isso compromete muito todas as atividades rotineiras do paciente. Para fazer um diagnóstico preciso, os médicos recomendam o exame de ressonância magnética ou a tomografia Computadorizada da cabeça e exames de sangue.
Esses exames ajudam ao profissional a eliminar outras hipóteses de diagnóstico como esclerose múltipla.
Especificamente para a detecção da doença ainda não existe um exame específico. É muito importante que o paciente descreva precisamente qual é a área de dor e o tipo de sensação, como, por exemplo, pontadas, dor de intensidade constante, choques, queimação, etc, pois isso acabará definindo o diagnóstico e a melhor indicação de tratamento feita pelo profissional que estará avaliando.

A Causa


A teoria mais aceita é de que a cobertura protetora do Nervo Trigêmeo chamada “Bainha de Mielina” deteriora. Isso faz com que os sinais normais se interrompam e permitam que mensagens anormais sigam para o cérebro, isto é, um leve toque é traduzido como dor.
Essa mudança na cobertura protetora pode ser causada por compressão de vasos sanguíneos tumores, esclerose múltipla (que causa uma quebra da Bainha de Mielina dos Nervos), lesão do nervo ou avanço da idade.
Em alguns casos de dor facial são causados pelo vírus Herpes que causam o “cobreiro”, esta é a Neuralgia Pós Herpética, não é a Nevralgia do Nervo Trigêmeo.
E o tratamento é com medicações anti-virais e anti-depressivas que alteram a transmissão do nervo e diminuem a dor.


Quem é afetado?


A Nevralgia do Nervo Trigêmeo afeta Um em cada 25.000 pessoas, um pouco mais de mulheres do que em homens. Nos EUA são diagnósticos cerca de 15.000 casos novos. A maioria tem mais de 40 anos de idade, sendo o faixa etária de 50 a 60 anos mais atingida pela NT. Em menos de 5% dos pacientes existe história familiar.

No Hospital das Clínicas, em São Paulo, são atendidos, por semana, 15 pacientes de neuralgia no Ambulatório de Algias Craniofaciais. Aproximadamente 50 pacientes são atendidos no Ambulatório da equipe de Dor Orofacial, e 10 pessoas são atendidas na triagem. Além disso, são realizadas 4 cirurgias por semana.
A Cirurgia mais freqüente é a “Compressão do Gânglio Trigeminal com balão inflável percutânea”.
A equipe do Ambulatório da Dor, como é conhecido pelos seus pacientes, é formada por Médicos-Neurocirurgiões, Cirurgiões-Dentistas especializados em dor orofacial e psicóloga.




O Nervo Trigêmeo

Ramo Oftalmológico

Olhos, sobrancelhas, testa e frente do couro cabelu-do

Atinge 4% dos pacientes.

Ramo Maxilar

Lábio Superior, dentes superiores, gengiva supe- rior, bochecha, pálpebra inferior e lateral do nariz
Ramo Mandibular

Lábio inferior, dentes inferiores, gengiva inferior, lado da língua e região inferior do queixo até a frente da orelha.


é coisa séria.pelo transtorno ,e pela ignorância da causa e (ou) identificação,os sintomas podem ser confundidos com ouras doenças.................................espero ter ajudado

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